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¡Sorpréndeme!
AGENTE SENTIMENTAL
Pedro Malanski
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05 de Julio, 2009    General

De repente

De repente,
Um sorriso todo encanto,
Um olhar de acalanto
Me inunda o coração.
De repente,
Vem chegando de mansinho,
Como quem, devagarinho,
Vem pedindo prá ficar.
De repente,
Pousa um velho disco alado
No jardim pouco encantado
Deste mundo sem querer.
De repente,
Nasce o sol iliminando
E me encontra caminhando
vendo o campo florescer.
De repente,
Eu me encho de coragem
E detenho essa viagem
Que é procura de você.
De repente,
Para sempre foi embora
E os sonhos meus de outrora
Voltam hoje a perecer.
De repente,
Deste sonho eu desperto
E me vejo num deserto
Que é a vida sem você.
Palabras claves , , ,
publicado por malanski a las 15:30 · 1 Comentario  ·  Recomendar
 
Comentarios (1) ·  Enviar comentario
"Todo filho é pai da morte de seu pai"
Fabrício Carpinejar

"Feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia."

Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai. É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso.
É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho.
É quando aquele pai, outrora firme e instransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar.
É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela - tudo é corredor, tudo é longe.
É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios.
E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz.
Todo filho é pai da morte de seu pai. Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta. E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais. Uma das primeiras transformações acontece no banheiro. Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro. A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas.

Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes. A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões. Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus. Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente? Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e
publicado por Priscila, el 19.07.2014 22:44
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